terça-feira, 20 de outubro de 2009

Se tu soubesses

Se tu soubesses... Ah! Se tu soubesses...
Como o sonho briga com a razão, engalfinhando-se em meu pensamento e querendo romper minhas carnes, explode a sede de beber do desejo dos teus olhos de menina travessa.
Se tu soubesses... esconderias tua cor como um camaleão mutante, entre as cores da primavera, para que eu não me perdesse a sonhar com teus matizes.
Se tu soubesses... serias a fonte jorrante, a aura sussurrante de um fim de tarde... morno... preguiçoso... sensual.
Se tu soubesses... cairias na insensatez, passarias a mão em meu pescoço e deixaria que voasse por entre teus cabelos, ébrio do teu perfume.
Se tu soubesses... verias a vaga crescente que transborda no meu peito, quando teu jeito maroto, sorri com teus olhos me provocando incoente.
Se tu soubesses... me gritarias que sou louco, desvairado, insano... me jogarias no lixo e ririas até que eu morresse na ilusão do teu beijo e a vontade do teu suspirar.
Se tu soubesses... me largarias no canto, fugirias de minha vista, me cuspirias na face uma verdade que fere.
Se tu soubesses... te deixarias envolver entre o ódio e a paixão, entre a ofensa e o carinho... entre a morte e o amor.
Se tu soubesses... Ah! Se tu soubesses...

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