O teu olhar negro me consome
em desejo, quando acompanha teu sorriso manso e me permite escorrer por teus
seios, na generosidade da blusa entreaberta que me provoca.
Teu cabelo emoldura tua face
no rubor dos meus elogios, enquanto sabes que me tens nas mãos e que me
lançaria ao mais tresloucado devaneio para possuir tua boca em um beijo.
Um beijo, nada mais que um
beijo.
Onde nossas línguas
saboreassem o sabor do mais insano prazer, completamente despudorado e louco,
algo que inebriado e inebriante, que nos levasse a nos consumir em chamas.
Um beijo onde atrevidos nos
lançássemos à doce aventura de a cada peça despida, explorar os recanto do
corpo, escutando cada suspiro como a sinfonia de nossa agonia.
Um beijo, nada mais.
Que me fizesse deslizar por
teu pescoço, manso, como quem se delicia com uma fruta em seu aroma.
Que me levasse a roçar teus
mamilos com meus lábios, e te sentir puxar meus cabelos contra teu peito
ofegante, pedindo para engolir tua chama e calar este grito que explode.
Que nos deitasse sobre uma
relva de sedas, entremeando nossas pernas, rolando sobre nossas vontades,
rompendo os laços de nossa vergonha.
Que me deixasse ordinário,
um animal sedento que caça tua fonte em prazer, que se perde por entre o calor
e as formas de tuas entranhas.
Um beijo, nada mais que um
beijo.
Um beijo onde eu te rodeasse
de tantos outros beijos e te abraçasse por trás, ébrio com tuas formas,
envolvendo-te qual uma concha, protegendo-te de tudo que temes.
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